Marco Luigi Brut Reserva da Família 2006


Na contagem regressiva para 2009, ainda há tempo para indicações de espumantes para brindar o novo ano. Trazemos agora este Marco Luigi Brut Reserva da Família 2006, um espumante nacional de alto nível. Dos provados por nós nos últimos tempos, ele rivaliza palmo a palmo com o Pizzato Brut na disputa do melhor espumante produzido em solo brasileiro. É um brut com muita elegância, frescor, frutosidade, correta acidez e bolhas finas e constantes. Afora isso, o preço é excelente, o que torna este Marco Luigi uma ótima opção para a virada de ano.

Onde comprar: Empório du Vin (81 3468-1947)
Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Classificação: muito bom

Chandon Excellence Brut Réserve


Mais um bom espumante nacional: é bem equilibrado; bolhinhas finas e intensas; aroma de frutas cítricas moderado; é cremoso e cheio na boca. O problema dele é o preço, que o está deixando para trás numa comparação com alguns rótulos nacionais iguais ou um pouco melhores e muito mais baratos. À guisa de exemplo, cito o Dom Cândido Brut, o Pizzato Brut (já comentados neste blog) e o Marco Luigi Brut Reserva da Família (futuramente comentado), que custam a metade do Chandon Excellence Brut Réserve. Em síntese, se está à procura do espumante do Natal ou do ano-novo e quer pagar um preço justo, fique longe deste.

Onde comprar: Recife Mercantil (81 2122-0800)
Quanto custa: cerca de R$ 50,00
Classificação: bom

Cava Cristalino Brut


Este espumante espanhol é muito elogiado pela crítica, que o considera um “best buy”. Eu concordo com a crítica em parte – o Cava Cristalino tem um preço bom, mas não é nada especial. O Brasil tem muitos espumantes do mesmo nível e até superiores. Alguns já foram até comentados neste blog. Não quero dizer que ele não presta. Ele presta sim, como demonstram suas qualidades: aroma de frutas como maçã verde e pêssego; bolhinhas finíssimas e freqüentes; bela cor, um amarelo vivo e dourado; um intenso frescor. É, pois, um bom vinho. Todavia, por ser um espumante muito bem avaliado pelos críticos (recebeu 91 pontos da Wine Spectator), ele me deixou com a sensação de “esperava mais”. É nisto que dá o excesso de marketing: criam-se expectativas que, se não confirmadas, viram desilusão.
Em tempo e sob influência do meu lado editor e revisor de texto: muitos dizem “a cava”, como se fosse nome feminino. Não é. Tanto no Brasil como no país de origem, a Espanha, quando for o espumante, o correto é “o cava”, nome masculino. A forma “a cava”, feminina, tem outro significado: é o mesmo que “adega”.

Onde comprar: Espumantes Web (
www.espumantesweb.com.br)
Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Classificação: bom

Terranova Moscatel


A Confraria Brasileira dos Enoblogs solicitou aos associados que indicassem um espumante para seus leitores. Eu escolhi o Terranova Moscatel, da Miolo. Por três motivos: é bom; é barato; é do Vale do São Francisco, portanto, do meu querido Nordeste.
Não gosto muito dos espumantes tipo moscatel – são muito doces, enjoativos. Este, porém, conseguiu me agradar. Ele é doce, sim, mas tem uma impressionante refrescância que faz com o seu doce não seja agressivo. O resultado é que dá para se sentir plenamente satisfeito com este moscatel. E mais: a meu ver, é ótima pedida para o time feminino, que adora um espumante doce e levinho como este Terranova.

Onde comprar: Recife Mercantil (81 2122-0800)
Quanto custa: cerca de R$ 15,00
Classificação: bom

Monte do Vilar Tinto 2005


Veio de Portugal, precisamente do Alentejo, este agradável vinho. Leve e equilibrado, sem nenhum excesso, o Monte do Vilar demonstra no nariz
aromas de frutas vermelhas. E na boca, além da leveza e do equilíbrio já referidos, tem boa presença de fruta, com taninos macios e correta acidez. Pelo preço e qualidade, podemos incluí-lo na nossa lista de vinhos com melhor custo-benefício do mercado. E em termos de harmonização com comida, se a ceia de Natal ou de réveillon for à base de bacalhau, este alentejano revela-se ótima opção.

Onde comprar: Lusitana de Vinhos e Azeites (11 4508 8880/
www.lusitanadevinhos.com.br)
Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Classificação: bom

Dom Cândido Espumante Brut


Foi numa degustação às cegas, promovida pela revista Playboy, denominada de I Ranking de Espumantes Nacionais, com jurados altamente capacitados, que o Dom Cândido Brut foi eleito o melhor espumante nacional, desbancando rótulos com muito mais prestígio. E ele é de fato o melhor? Na nossa modesta opinião, é sim um bom espumante, mas não chega a ser o melhor. Aqui mesmo já avaliamos um cuja qualidade lhe é superior, o Pizzato Brut 2007. Só para ficar nesse confronto direto, Dom Cândido Brut x Pizzato Brut, o espumante tido como o melhor nacional perde para o da Pizzato em frutosidade, em equilíbrio e na leveza. No rótulo de Dom Cândido consta a informação de que ele tem aroma de frutas cítricas e de banana. De frutas cítricas, vá lá, mas de banana... Sinceramente, busquei esse aroma, mas não encontrei. As bolhinhas, bem, as bolhinhas deram conta do recado: eram abundantes, fininhas e subiam continuamente ao topo da taça. No mais, o Dom Cândido Brut é bem-feitinho, mas numa degustação às cegas, para escolher o melhor espumante nacional, não teria, definitivamente, o meu voto.

Onde comprar: Ingá Vinhos (81 3252-1100 e 81 3326-3858)
Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Classificação: bom

Serrera Syrah 2005


Gosto muito dos varietais feitos com a uva syrah. Os grandes vinhos dessa uva são australianos, que infelizmente são muitos caros e, em tempos de crise, para o enófilo de classe média, eles se tornam proibitivos. Então, o jeito é garimpar um syrah que se aproxime dos bons australianos sem o lado negativo deles, o preço. Como este Serrera, um argentino de muito boa qualidade. De seu belo conjunto destacam-se a abundância de fruta, a madeira correta, o tanino redondo e a acidez leve. É muito elegante e, a nosso ver, tem bom potencial para envelhecimento. Vale, enfim, investir nosso suado dinheirinho nele.

Onde comprar: Vinhos Web (
www.vinhosweb.com.br)
Quanto custa: cerca de R$ 50,00
Classificação: muito bom

1501 Botticelli Cabernet Sauvignon 2006


Jornais anunciam o novo vinho do Vale do São Francisco, o 1501 Botticelli. Preço: R$ 40,00. Penso com os meus botões: “Quarenta reais num Botticelli? Nem morto!” E fecho a página. Um belo dia, estou fazendo compras no Recife Mercantil e encontro o 1501 com preço um pouco inferior àquele informado no jornal. Mesmo assim fico reticente. Encaro ou não esse que dizem ser o melhor dos Botticellis? Decido encarar. E valeu a pena! Finalmente um Botticelli decente, finalmente um Botticelli que pode ser chamado de vinho.
Não é espetacular, mas é certinho, tem boa presença de frutas e personalidade no paladar. De negativo, só a acidez um pouco elevada. Mas nada que comprometa este que é, sem dúvida, o melhor vinho Botticelli. Na verdade, por enquanto, o único.

Onde comprar: Recife Mercantil (81 2122-0800)
Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Classificação: bom

Baron Philippe de Rothschild Cabernet Sauvignon 2006


Este vinho é produzido no Chile pela vinícola que produz na França o Mouton Rothschild, um dos cinco Premier Gran Cru Classé de Bordeaux. Eu não conheço a jóia rara francesa, fora do padrão de preço dos vinhos consumidos por mim. Não posso falar dela. Deve ser espetacular, pois nas grandes safras chega a custar alguns milhares de euros. Mas deste seu primo pobre chileno posso falar, sim. E, em poucas palavras, digo: não invista seu dinheiro nele. É apenas um cabernet sauvignon mediano. No Chile, na Argentina e até mesmo no Brasil há cabernets mais baratos e bem melhores. Qual o problema deste Rothschild chileno? É muito desequilibrado, tem pouca fruta, muita madeira e é daqueles encorpados grosseiros que não têm riqueza nem complexidade tânicas. A comida o torna um pouco melhor, mas não o suficiente para fazê-lo um bom vinho.

Onde comprar: no Recife, Casa dos Frios (81 2125-0000)
Quanto custa: cerca de R$ 40,00
Classificação: regular

Pizzato Brut 2007


No cenário mundial de vinhos, qual é o futuro do Brasil? Ou melhor, o Brasil tem futuro? A resposta: sim, tem, pelo menos em um segmento – o de espumantes. A cada ano, produzimos ótimos espumantes que, se não chegam aos tops do mundo, não fazem feio perante eles. Aqui está o Pizzato Brut para corroborar essa nossa opinião. Feito pelo processo conhecido como champenoise, em que a segunda fermentação ocorre na garrafa, este espumante à base de chardonnay (70%) e de pinot noir (30%) impressiona pelo frescor e leveza. Complementam suas qualidades o aroma e o paladar de frutas cítricas, a perlage (bolhinhas) finas, a correta acidez, o bom equilíbrio. E o custo-benefício? Este é o “ponto forte dos fortes” deste espumante, pois indiscutivelmente tem um preço aquém de suas virtudes. E não há nessa constatação nenhum estímulo para que a Pizzato mude a política de preço e passe a cobrar mais por seu brut. Pelo contrário, é um elogio porque entendemos que ela está no caminho certo – vinhos bons e preços condizentes com a realidade econômica do Brasil – e uma crítica às vinícolas nacionais que não seguem esse caminho.
Aos que ainda não têm o espumante das festas de fim de ano, a dica está dada.

Onde comprar: Espumantes Web (
www.espumantesweb.com.br)
Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Classificação: muito bom

Côtes du Ventoux Les Traverses 2004 (Paul Jaboulet Aîné)


Vinho leve, para aqueles que não buscam muita complexidade. Tem bom conjunto. No nariz e na boca, frutas vermelhas e algo de baunilha. Taninos macios. Acidez e álcool bem discretos. Cor rubi médio.
Considerando a sua faixa de preços, é um francês bem decente. O que é uma raridade, pois dificilmente encontramos aqui no Brasil vinhos franceses bons e ao mesmo tempo baratos. Infelizmente, os bons vinhos do país de Napoleão, para nós brasileiros, custam muito caro. O Côtes du Ventoux Les Traverses 2004, de Paul Jaboulet Aîné, portanto, é uma exceção.


Onde comprar: Mistral (www.mistral.com.br)
Quanto custa: cerca de R$ 50,00.
Classificação: bom

Altas Cumbres Malbec 2007


Malbec argentino bem redondo. Ótima opção para o dia-a-dia. Leve, equilibrado, fresco, nariz frutado, taninos discretos, acidez correta. Bom custo-benefício.
A vinícola Lagarde, de cujas vinhas com mais de 66 anos veio este Altas Cumbres, foi fundada em 1897. São mais de cem anos de vinho. Quando se tem essa experiência, é muito difícil errar.

Onde comprar: Vinhos Web (www.vinhosweb.com.br)
Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Classificação: bom

Amalaya de Colomé 2006


Cinco uvas – malbec, cabernet sauvignon, syrah, tannat, bonarda – e o resultado: um ótimo vinho. E bota ótimo nisso, pois este Amalaya de Colomé 2006, do Vale de Calchaquí, província de Salta, Argentina, é daqueles vinhos que não podemos deixar de ter na nossa adega. Ele é produzido pela vinícola mais antiga da Argentina em atividade, a Bodega Colomé, fundada em 1831, com vinhedos de 90 anos de idade e entre 1.700 e 2.300 metros de altitude. Tudo isso torna o Amalaya um vinho extremamente saboroso, com muita classe e marcante presença de café, frutas e o típico fundo doce da malbec. É cheio na boca e muito equilibrado na acidez e no álcool, apesar dos 14,2% de volume alcoólico. Tem um custo-benefício espetacular. Diria que, se tivesse a grife de uma vinícola ou região do Velho Mundo, custaria, por baixo, quatro vezes mais.

Onde comprar: no Recife, Manihot Iguarias (81 3471-2090)
Quanto custa: cerca de R$ 40,00
Classificação: muito bom

Vinho verde, o vinho da estação


Participei, terça-feira passada (4/11/2008), de uma degustação de vinhos verdes promovida pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. O evento foi no Recife, como parte de uma ação que visa popularizar o consumo desse tipo de vinho na Região Nordeste.
Bons vinhos foram servidos na degustação, como o Quinta da Aveleda Loureiro 2007, o Quinta da Lixa Trajadura 2007, o Quinta da Pena Loureiro 2007 e aquele que, a meu ver, foi o grande destaque: o Quinta da Lixa Alvarinho 2007, um vinho muito prazeroso, em que se percebem vivas notas de frutas tropicais como manga e maracujá, envolvidas em muito frescor e certa complexidade. Gostei e recomendo. Depois do encontro, caí na rua para encontrar esse ótimo vinho, mas infelizmente não o encontrei, pelo menos no comércio da minha cidade, Recife. Então, fica o recado: se você é proprietário de loja/adega de vinhos, uma boa é ofertar para venda o Quinta da Lixa Alvarinho 2007. Nesta época de verão abrasador, ele tem tudo para ser sucesso de vendas.

Meia Pipa Tinto 2005


Tem esse nome porque inicialmente era vendido em meias pipas, isto é, barris de 250 litros. É um português muito bem-feito, em cuja composição entram as castas cabernet sauvignon (34%), syrah (33%) e castelão (33%). Aroma e sabor de frutas como cereja e ameixa, presença de especiarias como canela e café, taninos doces, madeira bem dosada, correta acidez e final de médio para longo. Entre os de sua faixa de preço, sem dúvida é uma boa compra.

Onde comprar: no Recife, Casa dos Frios (81 2125-0000)
Quanto custa: cerca de R$ 40,00
Classificação: muito bom

Latitud 33° Malbec 2007


Este é o vinho que os enoblogs (ver “Favoritos do Avaliador”, ao lado) vão avaliar agora em novembro. Foi uma escolha do confrade do blog Degusteno (www.degusteno.blogspot.com).
A princípio, fiquei com certo receio: será que um vinho como este, produzido em grande escala, facilmente encontrado em qualquer supermercado, pode ser bom? O Latitud 33 Malbec 2007 mostra que pode. Muito prazeroso, o que mais chama a atenção nele é o aroma frutadíssimo, que é seguido de outras qualidades, como a leveza, a macieza e a harmonia. Sem contar o preço, menos de R$ 20,00, que deixa no lucro o consumidor que compra este vinho.
Sabe de uma coisa? Vou ao supermercado comprar mais garrafas!

Quanto custa: cerca de R$ 20,00
Onde comprar: supermercados e lojas do ramo
Classificação: bom

Leonardo Tempranillo 2005


O forte deste vinho é o preço acessível. Aliás, diria que ele é praticamente isso, porque todo o restante é muito simples. Sim, ele tem um gosto bom de frutas, é leve, tem razoável equilíbrio, tem, enfim, algumas virtudes. Mas lhe falta, digamos, personalidade. É daqueles vinhos que bebemos e, se não fizermos anotações, nada sobre ele ficará retido na memória. O Leonardo Tempranillo, porém, não é de todo desprezível – é boa opção quando queremos (ou precisamos) economizar.

Onde comprar: Vinci Vinhos (www.vincivinhos.com.br; telefone: 11 2797-0000); no Recife, Casa dos Frios (81 2125-0000)
Quanto custa: cerca de R$ 20,00
Classificação: regular

Jean Bousquet Cabernet Sauvignon 2006


Um vinho muito macio, leve, estilo moderno, fácil de gostar. É o que é este argentino do Vale de Tupungato, Mendoza. Afora isso, sobressaem nele o aroma de frutas vermelhas e baunilha, o sabor também de frutas vermelhas com leve presença de especiarias, a discreta acidez, os taninos elegantes e um final persistente. Trata-se de um vinho orgânico, e o interessante é que não há o alarde (leia-se marketing) que quase sempre encarece esse tipo de produto. Ainda bem, pois desse modo temos um vinho bom, barato e saudável.

Quanto custa: cerca de R$ 40,00
Onde comprar: Vinhos Web (
http://www.vinhosweb.com.br/)
Classificação: muito bom

Rio Sol Reserva Assemblage 2005


Os vinhos do Vale do São Francisco melhoram muito. Mas uma linha, em especial, está se destacando: a Rio Sol. Os enólogos da ViniBrasil, uma parceria entre a Expand e a vinícola portuguesa Dão, estão de parabéns por essa proeza. Eu, como nordestino, acompanho com atenção cada passo dos vinhos do Vale e estou vibrando muito com o excelente resultado obtido até agora.
Este Rio Sol Reserva 2005 é mais um exemplo desse trabalho bem-sucedido. Na composição dele entram as uvas cabernet sauvignon, syrah e alicante bouschet. Por seis meses, elas fermentam em barricas de carvalho francês. E redundam, ao fim desse tempo, num vinho saboroso, muito equilibrado, sem excesso de madeira, com intensidade de cor e de frutas, além de marcantes taninos.

Onde comprar: Expand (www.expand.com.br)
Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Classificação: muito bom

Pacheca 2005


Mais um português. Desta vez do Douro. Não vou ser exagerado e dizer que é redundância chamar os vinhos portugueses de bons. Mas de fato é quase isso. Dificilmente você encontra um rótulo ruim de Portugal. E, quando acontece, ainda é digerível. Enfim, os portugueses sabem fazer vinho. Faz parte da cultura deles. Espero que um dia o Brasil chegue lá.
Este Pacheca 2005 é uma mistura das uvas touriga nacional, touriga francesa e tinta roriz (tempranillo). Em pelo menos dez dias, ele é fermentado em pipas de granito. Depois, segue para barricas de carvalho francês, onde é maturado por 12 meses. O resultado desse trabalho é um vinho macio, bem equilibrado e com correta presença de frutas na boca e no nariz. Indiscutivelmente, é uma boa compra.

Onde comprar: Vinci Vinhos (
www.vincivinhos.com.br; telefone: 11 2797-0000)
Quanto custa: cerca de R$ 40,00
Classificação: bom

Luis Pato Casta Baga 2005


O enólogo português Luis Pato merece um prêmio! E quem está dizendo isso é este amigo de vocês, que uma vez tomou um vinho feito com a uva tinta baga e, de tão ruim o vinho, passou anos para voltar a tomar outro da mesma uva. E só o fez encorajado por alguns amigos que diziam: “O Luis Pato salvou a baga”. Eles estavam com razão. Para quem não sabe, a baga é uma uvinha de casca grossa que, além de muito tânica, é extremamente ácida. Uma “bomba” dessas não poderia dar bons vinhos. Mas, nas mãos de Luis Pato, deu. Deu um vinho muito equilibrado, aromático, saboroso, macio e com taninos ao mesmo tempo intensos e marcantes. Viva Luis Pato!

Quanto custa: cerca de R$ 60,00
Onde comprar: Mistral (www.mistral.com.br)
Classificação: muito bom

Porcupine Ridge Cabernet Sauvignon 2006



Estamos diante de um sul-africano de primeira qualidade. Impossível não gostar dele! É agradavelmente frutado, equilibrado, com tanino redondo e corpo médio. Tem linda cor, um vermelho muitíssimo vivo. Há nele uma complexidade que, se não é profunda, o caracteriza como vinho moderno e marcante. Enfim, belo conjunto, bela obra, belo vinho!

Quanto custa: cerca de R$ 60,00
Onde comprar: Mistral (
www.mistral.com.br)
Classificação: muito bom

Fortaleza do Seival Tempranillo 2006


Este é o vinho do mês da Confraria dos Enoblogs. Foi uma escolha da companheira Fabiana, do blog Escrivinhos (www.escrivinhos.com).
E foi uma boa escolha, pois sem dúvida é um nacional muitíssimo honesto, diria mesmo surpreendente, considerando o fato de o Brasil não ter nenhuma tradição com a uva tempranillo.
É simples, mas nessa simplicidade agrada: boa presença de frutas, equilibrado, corpo médio, taninos intensos e acidez boa.
O custo-benefício é seu ponto forte. Pelo preço médio de R$ 20,00, existem poucos tempranillos como esse disponíveis no mercado.

Onde comprar: em lojas do ramo e em supermercados
Quanto custa: cerca de R$ 20,00
Classificação: bom

Dom Robertto Moscatel


Mais um produto da linha Dom Robertto. E, do mesmo modo que os outros, nos proporcionou grande prazer. Um delicioso espumante com intenso sabor e fragrância, em que sobressaem frutas cítricas e flores campestres. Perfeito para aplacar o calor dos dias mais ensolarados da primavera-verão, especialmente se estivermos na praia ou à beira da piscina.
Como estamos entrando no último terço do ano, anote esta dica, pois é ótima sugestão para as festas de dezembro.

Onde comprar:
www.cantinabocadomonte.com.br
Quanto custa: cerca de R$ 20,00
Classificação: muito bom

Joseph Drouhin Beaujolais-Villages 2006


Levíssimo, suave, agradável. Três adjetivos que bem definem este bom vinho da Borgonha (França). É despojado, não tem madeira e é bem refrescante. Nariz levemente floral e boca com frutas vermelhas. Um vinho feito com a uva gamay, mostrando ser possível produzir bons produtos com ela.

Quanto custa: cerca de R$ 60,00
Onde comprar: Mistral (
www.mistral.com.br)
Classificação: bom

Kaiken Cabernet Sauvignon 2006


Segundo Kaiken consumido este ano, o primeiro foi o espetacular Kaiken Ultra Malbec 2006. O segundo não chega a rivalizar com o primeiro, mas tem seus atributos. Correto, boa presença de frutas, álcool e taninos não agressivos, acidez razoável, bom conjunto, preço acessível. É mais um argentino relacionado entre as boas opções de compra.

Onde comprar: Vinci Vinhos (
www.vincivinhos.com.br; telefone: 11 2797-0000)
Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Classificação: bom

Vinhas de Priscos 2006 (vinho verde)


Para refrescar a primavera recifense com seus 35 graus, que cerveja que nada! A bebida é... vinho verde! É o caso deste Vinhas de Priscos, um delicioso vinho branco, refrescante, suave, com aroma e sabor frutadíssimos. Combina maravilhosamente bem com aperitivos light (tem de ser, o calor não permite nada calórico), com peixe, crustáceo, saladas e, principalmente, com o calor.

Quanto custa: cerca de R$ 20,00
Onde comprar: Casa dos Frios (81 2125-0000) e Ingá Vinhos (81 3252-1100 e 81 3326-3858)
Classificação: muito bom

Pegos Claros 2000


A cor atijolada revela que se trata de um vinho na “terceira idade”. Mesmo assim, este português Pegos Claros 2000 ainda é capaz de proporcionar prazer. É macio, tem bom conjunto, é frutado, tem acidez discreta. Na boca, a adstringência de seus leves taninos mistura-se a uma dose correta de madeira e de frutas, conferindo-lhe elegância.

Quanto custa: cerca de R$ 40,00
Onde comprar: Mistral (www.mistral.com.br)
Classificação: bom

Salton Volpi Pinot Noir 2007


Depois do Dal Pizzol Pinot Noir (http://avaliadordevinhos.blogspot.com/2008/04/dal-pizzol-pinot-noir-2007.html), eis que surge outro pinot nacional de boa qualidade. Isso é muito bom, pois mostra que o Brasil finalmente começa a produzir bons pinot noirs.
O Salton Volpi Pino Noir 2007 é um vinho redondinho, leve, taninos macios, nariz e boca com frutas e baunilha, cor de um vermelho vivo (raro para um pinot noir). Seu ponto fraco é o preço, poderia ser melhor, mas não invalida o conjunto da obra.
Quanto custa: R$ 42,00
Onde comprar: este vinho, infelizmente, é difícil de ser encontrado, principalmente no Nordeste. Eu comprei pela internet, na Vinhos Web (http://www.vinhosweb.com.br/)
Classificação: bom

Leitores escolheram a melhor frase

Chegou ao fim o concurso "Defina o vinho numa frase". E quem venceu foi José Henrique Menezes, da bela João Pessoa, Paraíba, com a frase "O vinho é uma bebida mágica, abre sorrisos, traduz os desejos, aproxima as pessoas, estimula a felicidade, aflora a sensualidade e o amor". A frase vencedora recebeu 125 votos, o que representa 54% da votação. A José Henrique Menezes, que vai receber como prêmio uma garrafa do Trivento Pinot Noir 2007, nossos parabéns!

Marqués de Tomares Crianza 2005


Este vinho de Rioja, Espanha, é bonzinho. Uso o diminutivo porque ele é daqueles vinhos que satisfazem, mas não empolgam. Já havia tomado um Marqués de Tomares Crianza, o da safra 2003, muito melhor do que o de 2005. Este, além de ser “bonzinho”, tem uma característica que não me agrada: pela madeira que lhe sobra, vê-se que é mais obra de enólogo do que de terroir. Mas não chega a ser um desperdício completo; dá para o gasto.

Onde comprar: na internet, Wine Store (www.winestore.com.br); no Recife, Distribuidora de Vinhos Recife (81 3426-2090)
Quanto custa: cerca de R$ 50,00
Classificação: "bonzinho"

Amancaya Malbec Cabernet Sauvignon 2006


Este argentino de Mendoza é uma parceria da Domaines Barons Lafite Rothschild com a Nicolas Catena. E que bendita parceria! Essas duas gigantes se uniram para nos ofertar um vinho como este, classudo, equilibrado e saborosíssimo. Pela bem-sucedida integração cabernet – malbec, pela presença abundante de frutas e especiarias no nariz e na boca, pelo carvalho competentemente aplicado, pelos taninos macios, pela bela cor rubi, pela boa acidez e, principalmente, pelo ótimo custo-benefício, vale a pena ter o Amancaya Malbec Cabernet Sauvignon 2006 na nossa adega.

Quanto custa: cerca de R$ 50,00
Onde comprar: Mistral (
www.mistral.com.br)
Classificação: muito bom

Dal Pizzol Tannat 2005


Este é o vinho do mês da confraria dos Enoblogs (veja participantes em Favoritos do Avaliador, à direita).
Em setembro, coube a este blog indicar o vinho.
Indicamos o Dal Pizzol Tannat 2005.

A vinícola gaúcha Dal Pizzol está fazendo um trabalho muito competente. Seus vinhos são muito bem-feitos e têm ótimo custo-benefício, fato raro entre as vinícolas nacionais. Este Tannat 2005 comprova isso. Trata-se de um vinho cheio de virtudes, e a maior delas é o conjunto equilibrado. Tudo nele é muito harmônico, nada destoa. Como “destaques dos destaques”, citamos os taninos sedosos, o corpo encorpado e bem estruturado, a bonita cor vermelho-rubi, o aroma frutado, com toque de especiarias. Nenhuma madeira, o que é também um diferencial, pois nos permite perceber as características da uva tannat sem artificialismos.

Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Onde comprar: Dal Pizzol (
www.dalpizzol.com.br); no Recife, Paraíba e Alagoas, na Recife Gourmet (81 8728-1126 e 81 3236-4189)
Classificação: muito bom

Boa notícia: preço do vinho pode baixar


Comissão aprova medida para expandir mercado de vinho

Agência Câmara

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou na quarta-feira (3 de setembro) o Projeto de Lei nº 5.743/05, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que dá ao vinho o status de alimento natural. O objetivo é estimular a expansão do setor vitivinícola nos mercados nacional e internacional a partir da redução de tributos da bebida, o que ocorreria se ela deixasse de ser considerada um produto industrializado.O relator da proposta, deputado Renato Molling (PP-RS/ foto), considera que ela traz um forte estímulo para o desenvolvimento do setor, "não apenas pelo lado da oferta, ao reduzir os custos de produção, como também pelo lado da demanda, visto que a classificação do vinho como alimento deve estimular seu consumo". Hoje se ingerem no Brasil cerca de dois litros de vinho per capita por ano. "Em países como Espanha, Itália, França e Portugal o consumo é de cerca de 60 litros per capita, e na Argentina e no Chile, entre 30 e 40 litros" compara o deputado. Molling destaca que, com a aprovação do projeto, o Brasil estaria seguindo o exemplo da Espanha, que, em 2003, passou a considerar o vinho como alimento funcional, o que produziu impacto profundamente positivo sobre o setor vitivinícola.

Importados

O parlamentar ressalta que, em 2005, os importados participaram com quase 60% do mercado brasileiro de vinhos finos. Segundo ele, essa situação pode ser explicada pela carga tributária incidente sobre o setor. Os impostos sobre uma garrafa de vinho de mesa, em 2005, estavam entre 36,5% e 47,2% do preço ao consumidor. Para os vinhos finos, a proporção seria de 38,1% a 47,9%, enquanto para os espumantes ficaria entre 38,1% e 49,2%.Dados apresentados por Molling dão conta de que o setor vinícola responde pela geração de cerca de 140 mil empregos no Brasil e detém PIB da ordem de 3 bilhões de dólares (cerca de R$ 5,02 bilhões). "Esses números mostram a relevância econômica do setor, que possui enorme potencial para crescer e ocupar o mercado interno", destaca.

Bebida saudável

Na opinião de Renato Molling, "o vinho é a bebida mais favorável à saúde" e sua nova classificação, além de contribuir para a economia brasileira, vai aumentar o bem-estar da população.De acordo com ele, estudos recentes mostram que os polifenóis contidos no vinho combatem os radicais livres, reduzindo a incidência de mais de 60 problemas clínicos - de cânceres e reumatismos a cataratas e envelhecimento. Na pele, conforme o deputado, os polifenóis bloqueiam a ação da colagenase e da elastase (que atacam o colágeno), deixando a pele mais elástica e consistente. "Além disso, eles melhoram a microcircualação e a vascularização", afirma.Molling acrescenta que, "como são potentes varredores de radicais livres", essas substâncias melhoram a circulação. Com isso, pessoas com hábito de beber vinho moderadamente teriam 20% menos cegueira. O vinho também reduz em entre 40% e 60% os riscos de aparecimento de doenças cardíacas e respiratórias, segundo o parlamentar.

Paradoxo francês

Molling relata que os benefícios do vinho começaram a ser conhecidos no início da década de 90, a partir da observação do "paradoxo francês". Conforme lembra, sabe-se que comer gorduras saturadas, fumar e ser sedentário aumenta os riscos para doenças cardiovasculares. "Os franceses, comparados a outros povos do mesmo nível socioeconômico-cultural, são mais sedentários, fumam mais e comem mais gorduras saturadas. No entanto, têm a metade dos problemas cardiocirculatórios", diz Molling. Intrigado, o pesquisador Serge Renaud concluiu, em 1991, que o desempenho francês deve-se à ingestão moderada de vinho.


Messias Selection Tinto 2003 (Dão)


Não gostei deste vinho. Muito barricado. E olha que dificilmente os vinhos portugueses me desagradam. Mas este, infelizmente, não caiu no meu agrado. Além de muita madeira, o vinho é fraco de cor, de aroma, de gosto... Enfim, é um vinho que não voltarei a tomar.

Onde comprar: supermercados e lojas do ramo
Quanto custa: cerca de R$ 20,00
Classificação: ruim

Tilia Malbec 2006


O rótulo argentino Tilia, por ser novo no Brasil, é pouco conhecido. Mas, pela qualidade, deve adquirir fama rapidamente.
Este é o segundo Tilia que consumo e, tanto quanto o primeiro, me agradou profundamente. Um vinho correto, equilibrado, moderno, muito agradável. Frutas vermelhas predominam na boca e no nariz, mas há presença, também na boca e no nariz, de chocolate e especiarias. Destaco ainda os taninos suaves e redondos e a boa acidez. O custo-benefício é outro destaque do Tilia, que, pelos atributos, poderia estar num nível mais elevado de preço. Para nossa felicidade, porém, não está!

Onde comprar: Vinci Vinhos (
www.vincivinhos.com.br; telefone: 11 2797-0000)
Quanto custa: cerca de 30,00
Classificação: muito bom

Montes Alpha Cabernet Sauvignon 2005


Depois da tempestade (ver avaliação abaixo), a bonança. O Montes Alpha Cabernet Sauvignon é um vinho delicioso, com grandes atributos: aroma intenso de frutas, bela cor vermelho-rubi, macio, equilibrado, moderno, redondo, potente. Um cabernet sauvignon que honra a produção vinícola chilena e satisfaz plenamente os que apreciam um bom vinho. Recomendadíssimo!

Quanto custa: cerca de R$ 70,00
Onde comprar: Mistral (www.mistral.com.br)
Classificação: muito bom

Trapiche Pinot Noir 2006


Pense num vinho ruim, caro leitor! Sem um pingo de exagero, foi um dos piores pinots que tomamos. Fraco de aroma. Fraco de sabor. Fraco de tudo. De pinot noir o vinho não tem nada. É álcool puro. A Trapiche deveria se envergonhar de produzir um vinho tão ruim como este. E digo mais: deveria mandar recolher todas as garrafas deste que é, repito, um dos piores pinots do mercado.

Onde comprar: em supermercados e em lojas de vinho
Quanto custa: cerca de R$ 20,00
Classificação: ruim

Isla Negra Syrah Cabernet Sauvignon 2006


É o segundo Isla Negra que consumimos e, como o primeiro, mostrou-se um vinho muito agradável. Composto de 85% de syrah e 15% de cabernet sauvignon, sobressaem nele o aroma e o sabor frutados, os taninos suaves, a acidez discreta, o álcool correto. Por seus atributos e pelo preço, é indiscutivelmente uma boa opção de compra.

Onde encontrar: Enoteca Fasano (
www.enotecafasano.com.br); no Recife, na Max Brasil (81 3228-8080) e na Ingá Vinhos (81 3252-1100 e 81 3326-3858)
Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Classificação: bom

Altos las Hormigas Malbec 2006


Dos últimos malbecs consumidos por nós, este foi o mais fraco. Veja bem, não estamos dizendo que é um vinho ruim, e sim que, numa comparação com o Kaiken Ultra Malbec 2006, o Achaval Ferrer Malbec 2006 e o Newen Malbec 2006, este Altos las Hormigas perde feio, principalmente para os dois primeiros. O bom dele é o preço, que não deixa o consumidor com a sensação de que foi enganado, comum quando tomamos vinhos que custam acima de R$ 50,00, mas não valem R$ 20,00. Não é o caso deste vinho, que pode ser rotulado de honesto e cujas principais características são: a cor vermelho-púrpura, o aroma e o sabor medianamente frutados, a madeira e o álcool num ponto um pouco acima do ideal, a acidez razoável e o tanino enjoativamente doce. Pelo marketing por trás do Altos las Hormigas Malbec 2006, podemos dizer que ele nos decepcionou.

Quanto custa: cerca de R$ 30,00
Onde comprar: Mistral (
www.mistral.com.br)
Classificação: razoável

Newen Malbec 2006 (Bodega del Fin del mundo)


Macio, equilibrado, nariz frutado e floral, sabor agradável, com presença discreta de carvalho e baunilha. Taninos macios, bom corpo, final de média duração e bela e intensa cor violeta. Sem dúvida, um malbec de boa qualidade.

Onde comprar: Importadora Reloco (
www.reloco.com.br); no Recife, TWS Comércio e Representações (81 3267-2218/ 81 8889-3609)
Quanto custa: cerca de R$ 50,00
Classificação: bom

Tilia Malbec Syrah 2006


Delicioso vinho de Mendoza, Argentina. Aroma extremamente frutado, com leve presença de café torrado. Sabor rico de frutas vermelhas, com taninos macios e fundo doce. Há presença de madeira, porém muito bem integrada ao conjunto. E tudo isso por um preço justo, o que torna este vinho ótima opção de compra.

Onde comprar: Vinci Vinhos (
www.vincivinhos.com.br; telefone: 11 2797-0000)
Quanto custa: cerca de 30,00
Classificação: muito bom

Salton Volpi Merlot 2005


Aqui está uma opção interessante em termos de vinho nacional, principalmente pelo preço. Não chega a ser impecável, pois tem o defeito de ser grosso, não é macio. Por outro lado, tem a virtude do aroma e sabor frutados, sem falar na sua bela cor, um vermelho muito vívido. No fim das contas, considerando prós e contras, o saldo é positivo, o Salton Volpi Merlot 2005 merece uma chance.
Onde comprar: supermercados e lojas especializadas de todo o Brasil
Quanto custa: cerca de R$ 20,00
Classificação: bom

Beyerskloof Synergy Cape Blend 2002


Faz algum tempo, um amigo-leitor nos sugeriu que indicássemos alguns vinhos sul-africanos. Na época, respondemos-lhe falando da dificuldade em encontrar bons sul-africanos no mercado do Recife, cidade-sede deste blog. De fato, o que encontramos mais facilmente no Recife, em termos de sul-africanos, são vinhos no máximo razoáveis, como o conhecidíssimo Obikawa. Só com muita procura é possível localizar nas prateleiras de lojas especializadas um sul-africano acima da média, como este Beyerskloof Synergy Cape Blend 2002.
O “blend” de seu nome indica o que ele é, uma mistura de três uvas: pinotage (na proporção de 38%), cabernet sauvignon (34%) e merlot (28%). Essa mistura resulta num vinho portentoso, muito elegante, em que sobressaem o aroma de frutas e baunilha e o sabor marcante de café – café dos bons, ressalte-se.
Ao amigo que nos pediu uma dica de vinho sul-africano e a todos os outros que prestigiam este blog, o Beyerskloof Synergy Cape Blend é a nossa sugestão.

Quanto custa:
cerca de R$ 50,00
Onde comprar: Mistral (www.mistral.com.br); no Recife, Club du Vin (81 3326 5719)
Classificação: bom

Etapa final do concurso



Chegamos à última etapa do nosso concurso cultural. Entre as frases participantes, três foram selecionadas.

Elas estão no início da coluna da direita. O autor da melhor frase vai ganhar uma garrafa do Trivento Pinot Noir 2007.


Agora é com você, amigo leitor, que vai escolher a melhor de todas, numa votação aberta. Que vença o melhor!

Carchelo 2006 (Agapito Rico)


Não conhecíamos vinhos da região de Jumilla, Espanha. E resolvemos apostar neste. Resultado: uma bela surpresa. O Carchelo é um vinho agradável, com bons atributos: o aroma é uma mistura de frutas vermelhas com especiarias; os taninos são moderados e têm um delicioso fundo doce; a cor é um belo vermelho-escuro; a acidez é diminuta; e o custo-benefício... Bem, o custo-benefício poderia ser melhor. Mas este último aspecto não deslustra o conjunto da obra, pois os pontos positivos aparecem em esmagadora maioria. Uma dica: se decantado, o Carchelo fica melhor.


Quanto custa: cerca de R$ 40,00

Onde comprar: Vinci Vinhos (http://www.vincivinhos.com.br/)

Classificação: bom


Quinta do Cachão Tinto 2004


Equilíbrio é a palavra que melhor define este vinho do Douro, Portugal. Não há nele nenhuma característica sobresselente. Tudo – aroma, sabor, cor, taninos – está arrumado harmoniosamente, formando um conjunto que é o forte do Quinta do Cachão. Um vinho honesto, de bom custo-benefício, constituindo-se numa interessante opção para o dia-a-dia.

Onde comprar: na internet, Wine Store (
www.winestore.com.br); no Recife, Distribuidora de Vinhos Recife (81 3426-2090)
Quanto custa: cerca de R$ 20,00
Classificação: bom

Dom Robertto Merlot 2005


Este é o segundo Dom Robertto avaliado por nós. O primeiro foi o Cabernet Sauvignon (http://avaliadordevinhos.blogspot.com/2008/07/dom-robertto-cabernet-sauvignon-2005.html), que nos deixou ótima impressão. O Merlot não ficou atrás, na verdade, ficou na frente, por ser, a nosso ver, melhor que o primeiro. Os dois se equivalem em algumas características: são vinhos frutados, aromáticos, agradabilíssimos. O Dom Robertto Merlot, porém, é mais afinado, mais macio, mais redondo. E consolidou, para nós, a imagem dos vinhos Dom Robertto como produções esmeradas e distintas.

Onde comprar:
www.cantinabocadomonte.com.br
Quanto custa: cerca de R$ 50,00
Classificação: muito bom

Errazuriz Max Reserva Cabernet Sauvignon 2006


Mais um chileno de tirar o chapéu. Cor intensa, frutado, concentrado, taninos doces e maduros, final medianamente prolongado, acidez discretíssima, equilibrado. O único porém deste Errazuriz é o preço. No entanto, se o compararmos com os bons e caros vinhos de países como a França e a Itália, ele figura como escolha mais inteligente. Por tudo isso, se não pesar no seu orçamento, enoleitor, reserve-lhe um espaço na sua adega. Você não vai se arrepender!

Onde comprar: Vinci Vinhos (
www.vincivinhos.com.br; telefone: 11 2797-0000)
Quanto custa: cerca de R$ 70,00
Classificação: muito bom

Chateau Los Boldos Cuvée Tradition Cabernet Sauvignon 2005


Uma boa opção para o dia-a-dia. Vinho leve, fácil de beber, moderno. Aroma frutado, porém sem intensidade. Taninos redondos, com fraca adstrigência. Acidez satisfatória. Custo-benefício razoável, poderia ser melhor. Se custasse uns R$ 30,00, seria uma bela compra. Isso porque, como dissemos na abertura, é vinho para o dia-a-dia, precisa ter valor mais compatível com o bolso nacional.

Onde comprar: Importadora Reloco (www.reloco.com.br); no Recife, TWS Comércio e Representações (81 3267-2218/ 81 8889-3609)
Quanto custa: cerca de R$ 40,00
Classificação: bom

Artazuri Tinto 2005


Muito interessante este vinho da região espanhola de Navarra, ao sul de Rioja. A uva dele é a garnacha (grenache) e sua vinificação é toda sem madeira. É jovem, suave, frutado, facílimo de beber; uma linda cor e aroma com toque de especiarias. Espanhol diferente, moderno, com estilo. Entre os vinhos do Velho Continente, tem bom custo-benefício. Vale a pena experimentá-lo.

Onde comprar: Vinci Vinhos (
www.vincivinhos.com.br; 11 2797-0000)
Quanto custa: cerca de R$ 50,00
Classificação: bom